As pessoas que ouvem vozes, na imensa maioria das vezes, estão ouvindo mesmo, são vozes de Espíritos*, cuja presença pode ocorrer por algum tipo de afinidade (um parente ou amigo desencarnado, um companheiro de drogas, bebida, cigarro, um inimigo de vidas passadas, etc.),
algumas vezes simplesmente para estar perto, mas mais geralmente com a finalidade de perturbá-las, prejudicá-las, motivados por situações de outras encarnações, em que foram suas vítimas ou companheiras. Nesse caso, ao encontrarem o algoz ou um antigo companheiro do passado, de aventura ou de alguma outra ação ou atividade, não enxergam essa pessoa com ela é hoje em dia e, sim, como era lá, e, permanecem daí em diante sintonizados com ela. O único poder que têm é o de entrar no seu pensamento e começarem a falar lá dentro, geralmente cobrando coisas do passado, ameaçando, dando maus conselhos, incentivando a realizar alguns procedimentos totalmente inexplicáveis para a própria pessoa e para quem convive com ela (o que chama-se de TOC), ter acessos de raiva, quebrar coisas, matar alguém ou matar-se, tirar a roupa, rir de maneira descontrolada, etc.
Esses casos, geralmente, são levados a tratamento psicológico ou psiquiátrico, mas a maioria dos psicólogos e dos psiquiatras não lidam com essa hipótese (obsessão espiritual) e o diagnóstico, invariavelmente, é de Esquizofrenia e é iniciado o que chama-se de Tratamento, mas não é um tratamento que promoverá a cura, primeiramente porque isso não é uma doença, e também por não atingir o foco do problema (a presença de um ou mais Espíritos) e, sim, apenas baixar a dopamina e a adrenalina e aumentar a serotonina, o que dá uma certa sensação de melhoria mas nunca traz a solução, que só poderá ser alcançada indo até esse (s) Espírito (s), em um trabalho de conscientização e/ou de desobsessão direta ou a distância, em um local apropriado para isso, gratuito.
O tratamento medicamentoso pode ser utilizado por um tempo, para a pessoa sentir-se um pouco melhor, enquanto é realizado esse procedimento, diretamente na origem da (s) voz (s) que a pessoa escuta, mas nunca pode ser “O Tratamento” pois é paliativo e superficial e tende a cronificar o quadro, como observa-se rotineiramente na prática psiquiátrica de consultório e de internação.
Mas além do efeito apenas paliativo dos medicamentos “anti-psicóticos” e suas centenas de efeitos colaterais (aqueles nomes complicados nas bulas), o ainda pior é o diagnóstico que aquele médium recebe, pois Esquizofrenia é uma maneira elegante de chamá-lo de louco, mas, apesar da elegância do termo, é assim que ele passa a considerar-se e ser considerado por sua família e círculo de amizades. E o “louco”, além de ouvir vozes que apenas ele ouve, que não consegue tirar de dentro de sua cabeça, que, geralmente, lhe atordoam dia e noite, que comandam seus pensamentos, não o deixam raciocinar, estudar, trabalhar, levar uma vida normal, tem de conviver com os efeitos colaterais dessas químicas (muitas vezes piores do que os sintomas originais), vive uma rotina de casa-consultório-internação em que os olhares de todos é de pena, de compaixão, pela sua “loucura”, pois ninguém acredita nele, o médico não acredita, seus familiares não acreditam, seus amigos não acreditam, ele está louco, diz que ouve vozes!, coitado, a vida acabou para ele, vai ter de tomar remédios a vida toda, vai ser internado de vez em quando, as consultas irão espaçar e serão cada vez de menor duração, para saber como está, ainda ouve vozes?, aumentar a dose, substituir por um “anti-psicótico” mais moderno, um hipnótico para dormir, um antidepressivo para não ficar tão mal, quem sabe um outro calmante para não ficar tão agitado?, e assim vai ser a vida do nosso “louco”, a dele e seu (s) companheiro (s) desencarnado (s).
Um dia pode ocorrer de um Tratamento verdadeiro, em um Centro Espírita ou Espiritualista ou um Templo ou Igreja, dar resultado com o encaminhamento do (s) seu (s) acompanhante (s) para o Mundo Espiritual e os medicamentos começarem a ser retirados, talvez, eliminados, e o nosso “louco” poderá, enfim, começar a levar uma vida mais ou menos normal, mas já se passaram muitos anos, está atrasado em relação à evolução natural da vida, ficou com a fama de “louco”, não pode rir mais alto, ou ter um ataque de raiva, não pode ficar no seu quarto por muito tempo, não pode usar um corte de cabelo não convencional, ou uma tatuagem meio estranha, ele é um “louco” – lembra que ouvia vozes? -, tomou remédio muito tempo, foi internado, fez Tratamento espiritual, coitado.
A “doença” acabou mas ficaram as sequelas do tempo perdido, ficou a fama na sua família e círculo de amizades (se é que ainda ficaram amizades…), ficou a insegurança familiar de que a “loucura” possa voltar, ficou a sua própria insegurança disso. E então pergunto: Por quê tudo isso? Por quê as pessoas não procuram diretamente um Tratamento que pode dar resultado, que vá direto na questão, no (s) Espírito (s) desencarnado (s) ao seu lado? Por quê anos e anos de utilização de medicamentos químicos, paliativos, que todos sabem que não resolvem, apenas desativam o cérebro, diminuem a atividade cerebral, que visam deixar a pessoa mais “calma”, mais “tranquila”, embora essa “calma e tranquilidade” nunca é referida pelas pessoas, que continuam com o (s) Espírito (s) ao seu lado, e agora, com o “tratamento” medicamentoso ficam ainda mais impossibilitadas de pensar, raciocinar, estudar, trabalhar, dedicando-se a ficar em casa, vegetando, dormindo, vendo televisão, no computador, indo na padaria buscar pão, coisas assim. Os Espíritos iniciam o processo de travá-las, bloqueá-las, os medicamentos químicos completam o serviço. Antigamente usava-se a lobotomia, cirúrgica, hoje ela é química.
Obviamente, se a pessoa que ouve vozes está ameaçando matar-se ou matar alguém, está demonstrando atitudes de risco para si ou para outras pessoas, ela deve ser medicada e, até, internada, mas, concomitantemente, deve ser iniciado um Tratamento diretamente no (s) Espírito (s) que lhe (s) influencia (m), frequentando um local espiritual que lide com isso, gratuitamente ou por um valor mínimo para cobrir as despesas do local, nada de pagar milhares de reais, pois isso já demonstra que a finalidade do local é enriquecer seus dirigentes.
O Tratamento espiritual pode ser realizado mesmo ela tomando medicamentos, isso não interfere no Tratamento, mas se ela não sai de casa, se recusa-se a ir, ou se está internada, uma outra pessoa pode ir por ela, servir de intermediária (“ponte”), fazer desobsessão a distância, que pode dar o mesmo resultado positivo ou, pelo menos, fazer com que ela melhore o suficiente para começar a ir ao local realizar o Tratamento desobsessivo.
Mas, enquanto o médium sem controle sobre sua mediunidade continua obsediado, ouvindo vozes, encolhendo-se com medo, sem saber o que fazer, sentindo-se dominado pelas vozes, acreditando que está louco, deve ser realizado, concomitantemente, um Tratamento psicoterápico adequado a esse tipo de situação, um Tratamento que vise:
- Fazê-lo libertar-se do diagnóstico de Esquizofrenia e assumir o de médium sem controle de sua mediunidade
- Mudar de atitude e entender que não é fraco e indefeso e pode conversar com o(s) Espírito (s) que está (ão) lhe influenciando
- Convencê-lo a ir a um local especializado em Tratamento espiritual de desobsessão
- Estimulá-lo a estudar, desenvolver e disciplinar sua mediunidade
- Concordar em tomar ou manter os medicamentos psiquiátricos se for necessário, pelo tempo necessário, ou mesmo ser internado, se houver um risco para si ou para outras pessoas.
Vamos ver como é o Tratamento, passo a passo:
- Diagnóstico de Esquizofrenia – esse é o ponto principal. A pessoa chega no consultório com o diagnóstico de Esquizofrenia e o principal ponto do nosso Tratamento é fazer com que mude esse rótulo (“louco”) pelo de “médium sem controle sobre sua mediunidade” e entender que está atravessando um momento de vida em que sua mediunidade está fora de controle e necessita aprender a controlá-la e utilizá-la a seu favor e não como uma brecha para Espíritos penetrarem em seu pensamento. Também seus familiares, que, enquanto nós nos encontramos geralmente 1x/semana, estão com ele diariamente, 24h/dia, necessitam entender isso e transmitir esse “diagnóstico” para os membros de sua família, amigos e conhecidos que estão sabendo do que está acontecendo. Se isso não for feito, não poderemos passar para o próximo passo. A Psiquiatria primitiva acreditava que tudo era obra dos Espíritos, a Psiquiatra científica decretou que tudo é desequilíbrio dos neurotransmissores, a Psiquiatria do futuro fará uma síntese entre ambas, mas no caso das pessoas que ouvem vozes voltará a predominar a Psiquiatria primitiva pois, nesse aspecto, é a mais correta.
- A partir da mudança do diagnóstico, com a pessoa e seus familiares e amigos entendendo o que realmente está acontecendo, que essa pessoa que ouve vozes não é esquizofrênica e sim um médium sem controle sobre a sua mediunidade, o próximo passo é fazer com ela mude completamente de atitude, saia da situação passiva de ser subjugada pelo (s) Espírito (s), quer haja ou não uma má intenção sobre ela, para uma postura de controle da situação, de diálogo mental com esse (s) ser (s) desencarnado (s), de domínio sobre a circunstância e não mais de submissão, como se fosse um coitadinho, um indefeso, sair dessa aceitação passiva do que está acontecendo, como se fosse um impotente, como se não tivesse Mentores Espirituais, Guias, tantos Seres Espirituais superiores que podem resolver a situação se forem chamados, se forem contatados. Temos de despertar o Guerreiro interno dessa pessoa para que ela saia dessa passividade, desse medo, desse encolhimento, transferindo a solução dessa situação para o psiquiatra, para os medicamentos, para seu terapeuta, para o Centro Espírita ou Espiritualista, quando ela mesma, com a força do seu pensamento, com a ajuda dos Seres Espirituais superiores que lhe acompanham, poderia resolver essa questão. Mas, devido ao diagnóstico de “loucura” (Esquizofrenia), com ela, seus familiares e conhecidos acreditando que as vozes não são reais, são vozes imaginárias, que isso é doença, a pessoa sente-se um doente, sente-se fraca, não crê que tem força para reverter isso, todos acreditam que não tem solução, que terá de passar o resto de sua vida tratando essa “doença”, tomando “anti-psicóticos”, sendo internada de vez em quando, e então o nosso pobre médium fica sem saída e, provavelmente, a sua vida será assim até o final ou até que vá a um Centro Espírita ou Espiritualista buscar uma solução ou alguém vá por ele ou seus Mentores resolvam assumir o caso e encaminhar o (s) Espírito (s) que lhe acompanha (m) para o Mundo Espiritual, pondo fim à situação.
- A solução para quem ouve vozes está, então, em um Centro ou Igreja ou Templo mas, geralmente, é muito difícil que a pessoa vá a um desses locais, porque o (s) Espírito (s) que lhe acompanha (m) não permite (m), pois não quer (em) que a situação seja resolvida, e, como está (ão) dominando seus pensamentos, interfere (m) na sua vontade de ir, convencendo-a a não ir, provoca (m) um incremento do seu mal estar, uma forte dor de cabeça, um aumento súbito da depressão, da angústia, do desânimo, ou uma ideia repentina de que não irá adiantar nada, que isso é bobagem, não vale a pena ir, melhor ficar em casa, e o mesmo, muitas vezes, ocorre com os familiares que iriam lhe acompanhar. É importante que o psicoterapeuta dê um destaque para essa influenciação contrária à ida a um local de tratamento espiritual para que, quando isso ocorrer no dia do tratamento ou na hora de ir, a pessoa e seus familiares decidam ir de qualquer jeito, mesmo sentindo-se mal, mesmo com dor, mesmo achando que não vai adiantar. Outra tática utilizada pelos Espíritos influenciadores é o contrário, afastarem-se um pouco, liberarem os pensamentos da pessoa, fazerem-na sentir-se melhor, dar a impressão de que houve uma grande e súbita melhora, fazendo com que a pessoa ou seus familiares acreditem que não precisa mais ir ao tratamento, mas, não indo, logo em seguida volta tudo ao que era antes.
- Como quem ouve vozes é um médium e não um doente, é obrigatório que passe a frequentar o local espiritual de sua preferência assiduamente, pois embora a Energia Divina e a presença dos Seres Espirituais superiores esteja em todos os lugares, nesses locais está mais concentrada e frequentar periodicamente um Centro, uma Igreja, um Templo, participar das sessões, assistir palestras, receber bençãos, passes, transmissões fluídicas, escutar boas palavras, bons conselhos, boas orientações, traz um bom ou ótimo resultado não só para a pessoa mas também para seu (s) acompanhante (s) invisível (eis).
- Embora os medicamentos químicos não tenham capacidade de fazer com que uma pessoa pare de ouvir vozes, pois elas não vêm de seu cérebro e sim de fontes externas, algumas vezes são recomendáveis para que diminua a angústia, a depressão, a instabilidade emocional, a insônia. A internação somente é recomendável se houver um risco de morte para a pessoa (suicídio) ou para outras pessoas (homicídio), se não, piora o quadro pois reforça o diagnóstico de “doença”, de ser um doente, o que é totalmente contrário ao Tratamento que estamos aqui sugerindo.
Então, resumindo, o Tratamento para quem ouve vozes de Espíritos é fazer com que saia da condição passiva de doente, de louco, de vítima, de incapaz, para uma condição positiva, ativa, de assumir a sua mediunidade, conversar com o (s) Espírito (s) que lhe acompanha (m), saber o que ele (s) quer (em), se for algo do passado, pedir perdão, propor-se a ajudar esse (s) irmão (s) desencarnado (s), não atender seus conselhos de beber, fumar, usar drogas, quebrar coisas, atentar contra sua vida ou de outras pessoas, aprumar-se, erguer a sua cabeça e a sua coluna, desabrochar seu Guerreiro (a) interno (a), desenvolver sua autoestima, frequentar locais espiritualizados, realizar um Tratamento com a finalidade de resolver essa questão, incluindo beneficiando o (s) ser (es) que lhe acompanha (m), em seguida estudar, disciplinar e desenvolver a sua mediunidade, atender em um local espiritualista para ajudar irmãos e irmãs que estejam passando pelo que passou. Os medicamentos psiquiátricos mais leves como um calmante ou um sonífero podem ser utilizados mas os chamados “anti-psicóticos”, que, na verdade, são calmantes poderosos que servem apenas para desacelerar o cérebro, são contra-indicados, a não ser em casos extremos, pelo tempo necessário, enquanto é realizado, concomitantemente, o Tratamento aqui sugerid
- Espírito é uma denominação religiosa para o nosso Eu energético, o que nos move, movimenta o nosso cérebro, o coração, todo o nosso organismo, todas as nossas funções vitais, nos faz ter pensamentos, sentimentos, movimentos, enfim, podemos comparar esse Eu energético ao motorista de um automóvel e o nosso corpo físico, ao automóvel. Por ser chamado de “Espírito”, criou um preconceito quase intransponível junto ao meio científico oficial que rotula a isso de “um assunto religioso”, quando, na verdade, é o prenúncio da Ciência do futuro, em que a Física sobrepujará a Química.
A obsessão espiritual como doença da alma, já é reconhecida pela Medicina. (Dr. Sérgio Felipe de Oliveira)
Desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social. Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do indivíduo e desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua totalidade: mente, corpo e espírito.
Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar do ser humano integral: biológico, psicológico e espiritual.
Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na Medicina como possessão e estado de transe, que é um item do CID – Código Internacional de Doenças – que permite o diagnóstico da interferência espiritual obsessora.
O CID 10, item F.44.3 define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio-ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença.
Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença.
Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais psiquiátricos – nesse caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama de loucura bem como na interferência de um ser desencarnado, a Obsessão espiritual.
Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios.
O Manual de Estatística de Desordens Mentais da Associação Americana de Psiquiatria – DSM IV – alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura.
Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja conhecido no mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas.
A grande maioria dos pacientes, rotulados pelos psiquiatras de “psicóticos” por ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência), na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um desequilíbrio mental, psiquiátrico. Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida desses médiuns.